Clinton ou Trump? Se depender da Constituição dos EUA, o próximo presidente será escolhido apenas pelos eleitores devidamente registados; mas se depender da Internet a questão pode ser um pouco diferente – até porque já há hackers a tentar perceber como funcionam os sistemas que vão ser usados para suportar as eleições do dia 8 de novembro.
Jeh Johnson, secretário de Estado de Segurança Interna dos EUA, confirmou que foram recolhidos indícios que levam a crer que os sistema das eleições está no radar de cibercriminosos. Segundo o secretário de estado americano, os hackers estarão a tentar perceber como funcionam os sistemas eleitorais dos diferentes estados dos EUA. Nalguns casos, os ataques terão sido bem-sucedidos, abrindo caminho para que os hackers garantissem o acesso aos sistemas que suportam as eleições.
Apesar de confirmados os ataques, não foi recolhida qualquer prova que permita concluir que os dados que usados pelo sistema eleitoral tenham sido alterados.
Jeh Johnson admite que o pior ainda pode estar para vir: «Nos últimos meses, intervenientes maliciosos da Internet têm vindo a analisar um grande número de sistemas estatais, o que pode representar o preâmbulo para tentativas de intrusão», refere o secretário de estado, citado pela Reuters.
Entre os ataques mais conhecidos, figura a investida contra a Convenção Nacional do Partido Democrata, cuja autoria está ainda por apurar. O ciberataque redundou na revelação de e-mails que levantam a suspeita de Hillary Clinton ter sido favorecida, pelo aparelho partidário, em detrimento de outros potenciais candidatos do Partido Democrata.