A ordem partiu do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, e está a ser aplicada pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas: Portugal vai ter um Comando de Ciberdefesa, que terá capacidade para recolher e analisar informações sobre as várias movimentações detetadas no ciberpesaço e ativar os diferentes mecanismos de reação.
Segundo o Diário de Notícias, o novo Comando de Ciberdefesa poderá vir a assumir posições de defesa das infraestruturas das Forças Armadas, levar a cabo ações exploratórias ou desencadear ações ofensivas contra eventuais inimigos ou alvos estratégicos.
O plano de constituição do Comando de Ciberdefesa deverá estar concluído até ao final de 2013 – mas mantém-se a incógnita quanto à data em que ficará operacional.
Além da aprovação pela tutela e dos investimentos necessários, o novo Centro de CIberdefesa deverá operar em concertação com Centro Nacional de Cibersegurança (CNC) – que ainda não existe.
Se as indicações da Comissão Europeia tivessem sido respeitadas, o CNC deveria ter sido criado até ao final de 2012. Só que o projeto nunca chegou a merecer a luz verde e as verbas necessárias do Governo.
O Gabinete Nacional de Segurança (GNS), que liderou o projeto de constituição do CNC, está a trabalhar com o objetivo de se candidatar a apoios financeiros e técnicos da NATO e da UE. A Exame Informática apurou junto de fonte próxima do processo que estes apoios, que ainda não estão garantidos, poderão dar uma ajuda importante para acelerar a instalação e a entrada na operacionalidade do CNC.
Mesmo que esses apoios sejam concedidos, há uma condição que terá de ser respeitada: O Centro que tem por responsabilidade proteger as infraestruturas cruciais do País, só começará a ser instalado quando o Governo der a respetiva aprovação.