Hoje, há mais de 2000 sites especializados na distribuição de vídeos pirata que operam no mercado europeu. A estimativa é avançada por Jan van Voorn, Diretor de Operações de Proteção de Conteúdos da MPAA para a Europa, África e Médio Oriente, durante a passagem pelo Warm Up do Festival In, que está a decorrer na FIL. PirateBay.sx, Movie2K.to e Kat.ph são alguns dos exemplos de sites piratas mais bem sucedidos na Europa.
«Há uma certa mistificação sobre as intenções destes sites, mas a verdade é que a larga maioria tem por único objetivo fazer negócio, distribuindo todo o tipo de conteúdos que as pessoas procuram», acrescenta o responsável da MPAA.
Segundo Jan van Voorn, os sites piratas têm tirado partido da falta de uniformização de leis e práticas de combate à cópia ilegal nos vários países da Europa para fazerem florescer os seus negócios. «Tentamos encerrar estes sites, mas nem todos os países tratam do mesmo modo os pedidos de encerramento de acessos à Net ou de endereços piratas», recorda o representante da MPAA.
O responsável da MPPA recorda que, nalguns países, os pedidos de encerramento de sites com conteúdos piratas chegam a ser ignorados pelos ISP e os operadores de telecomunicações, mesmo quando há sustentação legal para desativar os endereços que não respeitam os direitos de autor. A inexistência de uma lei comum para os vários países também potencia situações em que um site migra de um país para outro à medida que vai sendo sujeito a ordens de encerramento.
Apesar das discrepância de leis e práticas, Jan van Voorn considera que o combate à pirataria na Internet está a evoluir de forma positiva, porque «há cada vez maior cooperação dos ISP e dos operadores de telecomunicações europeus».
Depois de uma época em que ficou conhecida por processar internautas (especialmente nos EUA), a MPAA está apostada em recuperar da má popularidade com que ainda é encarada por muitos internautas. Jan van Voorn garante que, atualmente, alvos da associação são outros: «estamos focados nas plataformas que promovem conteúdos piratas e não nos internautas que descarregam esses conteúdos».