No final da semana, uma notícia no site 20 Minuten, da Suíça, deu a conhecer mais um episódio na vida do RapidShare: o site de alojamento e distribuição de ficheiros anunciou o despedimento de 45 dos 60 funcionários.
Na Net, há quem garanta que este é apenas o penúltimo episódio da saga – e que o último já não deverá tardar com o anúncio de um epílogo menos feliz para o site de livre alojamento e partilha de ficheiros.
Como começou o declínio daquele que chegou a ser o líder de segmento e membro de pleno direito do grupo de 100 sites mais visitados da Net? Os mais conhecedores dos portais de género poderão dizer que tudo começou com a ascensão do portal Mega, do famoso Kim Schmitz, mas esse argumento que pode estar acertado em parte não justifica tudo: depois da autoridades norte-americanas e neozelandesas desativarem o Mega e encarcerarem Kim Schmitz, o RapidShare manteve a perda de utilizadores e popularidade.
Hoje, o site alemão, que opera a partir da Suíça, está na 850ª posição dos mais visitados do mundo. O site Numerama relaciona o declínio com uma drástica mudança de estratégia: depois dos primeiros anos em que permitiu o livre alojamento e distribuição de conteúdos (fossem piratas ou não), o RapidShare decidiu juntar-se à barricada antipirataria, desenvolvendo uma ferramenta que facilitava a deteção de ficheiros partilhados ilegalmente na Web.
Em abril de 2012, o combate à pirataria assumiu contornos ideológicos, com a publicação de um manifesto que exortava os restantes sites do segmento a proibirem a disseminação de conteúdos piratas.
A par desta posição, o site procurou explorar novas fontes de receita. Entre as que terão sido menos bem recebidas pelo público, destaca-se a cobrança pelo serviço de upload de ficheiros para todos os internautas. Uma desvantagem comercial, tendo em conta que muitos outros serviços disponibilizam a mesma funcionalidade… gratuitamente.