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Em março, o Facebook perdeu seis milhões de utilizadores nos EUA (quebra de 4%). No Reino Unido, a perda fixou-se em 1,4 milhões de utilizadores no mesmo período (menos 4,5%). Os dados, revelados pela consultora SocialBakers, apontam para uma quebra prolongada no tempo: nos últimos seis meses o Fcaebook registou uma perda de nove milhões de internautas nos EUA; no Reino Unido, o abandono da rede social totalizou dois milhões de intenautas.
Segundo notícia do Guardian, o Facebook também perdeu utilizadores em Espanha, Canadá, França, Alemanha e Japão. Perante este declínio, os peritos em redes sociais admitem que o pico de popularidade do Facebook já foi superado em vários países do denominado “mundo ocidental”, o que pode prenunciar uma caminhada para o declínio da quota de mercado.
«O problema é que nos EUA e no Reino Unido, a maioria das pessoas que queriam registar-se no Facebook já o fizeram há algum tempo. Há hoje um fator de aborrecimento num espaço em que as pessoas procuram descobrir coisas novas. Será que o Facebook vai tornar-se o novo MySpace? O risco ainda é pequeno, mas não pode ser ignorado», comenta Ian Maude, da consultora Enders Analysis.
A escassez de novidades e atrativos também se reflete no tempo dispendido com a líder das redes sociais: em dezembro de 2012, cada americano dedicava 121 minutos ao Facebook; em fevereiro essa média desceu para os 115 minutos, revela a consultora comScore.
No sentido contrário à tendência de quebra do Facebook, as redes sociais focadas em funcionalidades, preferências, ou temáticas, como a Instagram (entretanto adquirida pela Facebook), a Path ou mesmo o Twitter têm vindo a ganhar cada vez mais adeptos. O que permite concluir que existe uma tendência para substituição de uma rede mais generalista por outras mais especializadas.
A perda de popularidade não deverá ser suficiente para alterar a expectativa quanto aos números de negócio da Facebook: na quarta-feira, prevê-se que a rede social anuncie um crescimento de 36% na faturação do primeiro trimestre de 2013 (em comparação com o primeiro trimestre de 2012). A confirmar-se, as vendas do Facebook deverão fixar-se em 1,44 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros).
Na origem do aumento desta faturação, poderão estar novos modelos de negócio e também a expansão registada em países como o Brasil, com um crescimento de 6% (para os 70 milhões de utilizadores), e na Índia com um crescimento de 4% (para 64 milhões de utilizadores.