O muito esperado Google Drive já está a ser disponibilizado.
Oferece 5 GB de capacidade gratuita, mas a Google permite atualizações pagas
até 16 TB. Como é típico desta empresa, um dos pontos fortes do Google Drive é
a indexação. Todo o conteúdo armazenado nesta nuvem pode ser facilmente
pesquisável. A Google informa que até dotou o serviço de ferramentas de
reconhecimento de imagens. Não só o sistema inclui OCR, uma técnica para
reconhecer texto em imagens, como reconhecimento do conteúdo através de
comparação das imagens com a gigantesca base de dados da Google.
O novo serviço é, fundamentalmente, uma evolução do Google
Docs, o que significa que estas aplicações Web ganham mais interesse. Também
significa que a interface minimalista é muito similar à que já conhecíamos.
Como os concorrentes diretos, o Google Drive está
disponível em aplicações para Windows e Mac. Já existe uma versão móvel para
Android e a promessa que a versão para iOS vai chegar brevemente. Estas
aplicações não só facilitam o acesso ao armazenamento na nuvem, como permitem
manter os ficheiros sincronizados entre os dispositivos e os servidores.
Infelizmente, o Google Drive não está disponível de
origem para todos. Ao tentarmos aceder via a nossa conta de testes, verificámos
que o serviço ainda não estava ativo. Só pudemos ativar a função para sermos
avisados quando o Drive for ativado na nossa conta. O que significa que não nos
foi possível testar o Google Drive, mas apenas fazer uma comparação com base
nas características anunciadas.
Capacidade
De raiz, o SkyDrive ganha porque oferece 7 GB de
capacidade gratuita. Valor que passa para 25 GB para quem já utilizava este
serviço, desde que ative a atualização gratuita em https://skydrive.live.com/ManageStorage
(esta oferta é válida por um período de tempo limitado).
O Google Drive fica em segundo com 5 GB grátis. Também
expande a capacidade do Gmail para 25 GB, o que só por si é uma excelente
notícia.
No entanto, os prémios de referência e o sistema de links
anunciados recentemente pelo Dropbox permitem, na teoria, uma capacidade
gratuita máxima de 18 GB. “Só tem” de convencer outros utilizadores a aderir ao
serviço, ganhando 500 MB por cada referência bem-sucedida.
Custo do
armazenamento
Outra vitória para o SkyDrive da Microsoft, que apresenta
um custo por GB mais atrativo do que os concorrentes diretos. 20 GB extra
custam apenas €8/ano, existindo ainda outras duas opções: +50 GB por €19/ano e
+100 GB por €37/ano. Isto representa um custo por GB variável de 0,4 euros/ano
a 0,37 euros/ano.
Em segundo fica o Google Drive, que, no entanto,
disponibiliza mais opções de armazenamento para quem pretende mais capacidade. Apesar
de ainda não existirem preços em euros, a Google anunciou um custo mínimo de 2,49
dólares/mês para 25 GB, ou seja, cerca de 30 dólares/ano. Os 100 GB custam 4,99
dólares/mês ou cerca de 60 dólares ano. Isto significa que, para estas
capacidades, o preço por GB por ano varia entre 1,2 a 0,6 dólares. A capacidade
máxima de 16 TB está disponível por 799 dólares/mês.
O DropBox perde claramente já que o custo mínimo é de
9,99 dólares por mês ou 99 dólares/ano para 50 GB, o que dá quase 2 dólares por
GB. A versão de 100 GB tem, sensivelmente, o mesmo custo por GB.
Dimensão máxima
dos ficheiros.
Uma vitória clara para o Google Drive, que aceita
ficheiros até 10 GB! Cinco vezes mais do que a Microsoft no Drive. O Dropbox
tem um limite de 300 MB, mas apenas quando a aceder via browser Web. Este
serviço não tem qualquer limite por ficheiro quando a usar as aplicações.
Aplicações
São todas muito similares e fáceis de utilizar. O que
acaba por fazer a diferença para os utilizadores é a disponibilidade para as
diferentes plataformas. E a vitória vai para o Dropbox, já disponível para
Windows, Mac, Linux, Android, iOS e BlackBerry.
O SkyDrive já suporta Windows, Mac, iOS e Windows Phone.
O Google Drive está disponível para Windows, Mac e Android – a Google garante
que a versão para iOS está para breve.
Funcionalidades
Apesar de não ter sido possível testar, o Google Drive
deve levar a melhor na indexação. No que toca à criação e edição de documentos,
tanto este serviço como o SkyDrive permitem utilizar aplicações de
produtividade online. Mas a Google tem ainda mais opções, como os sites, o
Picasa ou o YouTube. É de esperar que a integração entre estes diferentes
serviços seja cada vez maior e melhor. Os dois serviços oferecem a opção de
criar partilhas públicas.
Apesar de o Dropbox ter criado recentemente a opção de
links diretos para a partilha de ficheiros, este serviço simplesmente não tem o
ecossistema da Google e da Microsoft.
Quem ganha?
Tudo depende do seu perfil de utilização. Para um
utilizador típico Windows, o SkyDrive leva vantagem, sobretudo pela capacidade
de armazenamento que oferece, que é “esmagadora” para quem já utilizava o serviço.
O Google Drive parece mais interessante para quem procura
uma solução mais “cloud”, já que oferece mais integração com o ecossistema
online da Google.
Quanto ao líder de popularidade Dropbox… Há cada vez
menos razões para nos mantermos neste serviço. Mas tem uma característica que
pode fazer todo a diferença: para utilizadores que utilizam plataformas não
suportadas pelo SkyDrive e pelo Google Drive, o Dropbox é ainda a única opção entre
estes três.