As autoridades colombianas começaram a vender, há alguns dias, registos de endereços com o domínio de topo do país (.co).
A disponibilização de um sufixo nacional para outras entidades que até podem não ter nada a ver com o país ou a cultura local não é totalmente inédita: no passado, as ilhas Tuvalu e o Montenegro abriram os domínios de topo .tv e .me, respetivamente, à comunidade mundial.
A Colômbia pretende seguir a mesma lógica, tirando partido da similaridade entre .co e .com e também do facto de, em muitos países, se usar o .co conjugado com o sufixo do país (por exemplo, .co.pt, ou .co.uk).
Os registrars (entidades especializadas no registo de endereços) não se fizeram rogados e já começaram a oferecer os seus préstimos para inserção de novos endereços terminados em .co.
Em Portugal, a Amen terá sido provavelmente o primeiro registrar a disponibilizar um registo em .co.
Na origem desta corrida aos endereços da Colômbia está a saturação – e em alguns casos o esgotamento – do sufixo .com. "O novo domínio surge como uma oportunidade estratégica para todas as pessoas e empresas que já não conseguem registar o seu site através do .com. O .co apresenta um grande potencial de reconhecimento e tem a vantagem de ter um elevado espaço de exploração", explica Nuno Matias, gestor da Amen em Portugal, num comunicado enviado ontem à imprensa.
Hoje, a PC Pro noticia que a nova moda dos "sufixos da Colômbia" não passou despercebida à Google, que já anunciou que vai lançar, em breve, uma funcionalidade no Webmaster Tools para produtores de sites e portais, que permite indicar o local de origem de um endereço terminado em .co. Esta funcionalidades será especialmente útil para distinguir os sites estrangeiros dos que são genuinamente colombianos, que de ora em diante, vão passar a partilhar o seu sufixo com o resto do mundo.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***
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