Artieda recebeu um envelope com uma pen USB no seu local de trabalho, a estação televisiva Ecuavisa, em Gyayaquil. Ao ligar o aparelho ao computador, este explodiu, provocando-lhe pequenos ferimentos nas mãos e no rosto, mas não afetando mais ninguém ao seu redor. Segundo a Fundamedios, uma entidade focada em direitos dos jornalistas, outros quatro profissionais receberam envelopes semelhantes.
A Agence France-Presse refere que cada pen USB tinha uma carga explosiva de cinco volts e um detonador conhecido por RDX ou T4. Este material pode ser usado de forma independente ou misturado com outras substâncias e vem em cápsulas de um centímetro. No caso de Artieda, só metade desta carga explodiu, o que terá evitado males maiores.
No caso dos outros jornalistas, a polícia conseguiu fazer detonações controladas. Num deles, o produtor usou um cabo adaptador que, teoricamente, não terá fornecido carga suficiente para a explosão acontecer.
A ministra do Interior do Equador, Juana Zapata, confirma que nos cinco casos foi usado o mesmo método e as mesmas pens USB, dizendo ainda que os incidentes enviam “uma mensagem clara para silenciar os jornalistas”. Fonte do governo do Equador também reagiu, com um comunicado onde se afirma que “qualquer tentativa de intimidar jornalistas ou a liberdade de expressão é um ato odioso que deve ser castigado com todo o rigor da Justiça”, cita a BBC.
Com a investigação ainda em curso, as motivações por trás destes atentados ainda não são conhecidas, nem os ataques foram reivindicados.