A questão é óbvia: mas afinal o que é a Hortum machina, B? A resposta dada pelos mentores do projeto reEarth também não ajuda a dissipar todas as dúvidas. É um «speculative urban cyber-gardener». O que poderá ser traduzido literalmente como um ciberjardineiro urbano-especulativo. Mas também é possível dar a conhecer uma descrição que ajuda a desvelar parte do mistério: o Hortum machina, B pode também ser encarado como um canteiro robotizado, que tem autonomia suficiente para se deslocar ao longo de uma cidade, de acordo com tomadas de decisão democráticas que têm em conta o estado em que se encontram as plantas que alberga. Confuso? Então, talvez seja explicar como tudo funciona.
O canteiro robotizado, que pode ser visto em ação no vídeo inserido neste site, resulta de um projeto de contornos futuristas de investigadores da Escola de Arquitetura de Bartlett, no Reino Unido.
A armação metálica, que pode ser equiparada a um exoesqueleto, suporta um núcleo de 12 módulos de plantas típicas das ilhas britânicas. Estes módulos estão ligados a atuadores que produzem alterações no centro de gravidade de toda a estrutura, sempre que pretendem provocar uma deslocação. Mas esta é apenas a explicação mecânica deste canteiro robótico.
O dispositivo conta ainda com as funcionalidades eletrónicas e o enquadramento filosófico: os módulos contêm sensores fisiológicos que recolhem dados das plantas alojadas no interior. Esses dados são compilados para determinar qual o caminho que o canteiro deve tomar, seguindo uma lógica democrática, explicam os mentores do projeto reEarth.
Os investigadores da Escola de Arquitetura de Bartlett recordam ainda que o canteiro robotizado foi desenhado tendo como cenário idealizado um futuro com carros autónomos, robôs inteligentes e veículos com capacidade para tanto para rodar nas estradas como cruzar os céus.
Hortum machina, B from Interactive Architecture Lab on Vimeo.