A vida de John McAfee dava mesmo um filme. Com um guião que mistura sucesso, tecnologias, milhões de dólares, uma marca de antivírus homónima , uma mansão nas caraíbas, acusações de homicídio, abuso de álcool e drogas, repatriamento – e por fim uma candidatura à presidência dos EUA.
A avaliar pelo perfil do empresário de 69 anos é bem provável que o guião de um futuro biopic do criador da McAfee ainda reserve algumas surpresas depois do anúncio de candidatura à presidência. Tudo depende da adesão que as primeiras palavras do recém-chegado à esfera política tiverem no eleitorado.
Uma coisa é certa: quem segue as tecnologias dificilmente terá ficado indiferente ao discurso de McAfee. «Vivo num país que é governado por pessoas profundamente iletradas em termos de cibersegurança – como ficou provado com os vários ataques a computadores do governo», declarou na apresentação da candidatura, citado pela BBC.
A mensagem serve de mote ao movimento político que John McAfee pretende protagonizar: o Ciber Partido. A análise às palavras de McAfee permite concluir que a defesa da privacidade e excesso de legislação serão os dois pilares desta candidatura que traz à ribalta um homem que abandonou a marca que criou nos anos 1990 e se descreve a si próprio como «milionário excêntrico».