Foi ontem oficializada a entrega do primeiro veículo aéreo não tripulado de comando remoto da Tekever à Marinha Portuguesa. O evento, que contou com a presença o ministro da Defesa Nacional José Pedro Aguiar-Branco, e do Chefe do Estado-Maior da Armada Macieira Fragoso, contemplou ainda a primeira demonstração pública de um pequeno “avião” não tripulado que vai ser usado pela Marinha (pode ver imagens aéreas captadas pelo drone da Tekever num dos vídeos inseridos nesta página).
Apesar dos testes bem sucedidos, a sessão de demonstração de ontem não se livrou de um percalço, como atestam os vários vídeos (ver vídeo no final desta página) que, entretanto, começaram a circular nas redes sociais. Segundo alguns internautas, o drone da Tekever apenas conseguiu descolar bem à segunda vez.
À RTP, a Marinha justificou a falha como «um erro de lançamento da aeronave», que levou o elevador de descolagem do drone a bater no corpo da pessoa que o lançou.
A Tekever justificou a queda do drone com o facto de o projeto de parceria estar «numa fase inicial»: «Sabíamos que podiam existir erros, e foi o que aconteceu. De qualquer forma, em pouco minutos iniciou-se uma nova missão, que foi muito bem-sucedida e que mostrou as excelentes capacidades do equipamento – que pode confirmar, aliás, pelas imagens captadas pelo AR4 durante a sua missão».
Um comunicado da Tekever revela ainda que a entrega deste drone comandado remotamente é apenas uma parte da parceria estabelecida com a Marinha Portuguesa: «As duas entidades estão presentemente a colaborar em diversos projetos de I&D e validação operacional de equipamentos, com vista à consolidação do emprego de diversos RPAS da TEKEVER em missões marítimas», revela a Tekever
Questionada pela Exame Informática, a Tekever explica que os protocolos não preveem, pelo menos para já, a compra de dispositivos voadores pela Marinha Portuguesa: «O equipamento não é comprado pela Marinha à Tekever, mas sim cedido no âmbito dos protocolos de colaboração estabelecidos. Assim, não existe lugar a qualquer aquisição de equipamento pela Marinha, ou a qualquer custo financeiro pela utilização do equipamento pela Marinha. O número e a tipologia de equipamentos não estão definidos e depende da evolução e das necessidades operacionais dos projetos em curso», refere por e-mail a marca de drones portuguesa.
No Youtube, há já um testemunho da alegada descolagem falhada, como se pode confirmar num dos vídeos inseridos nesta página.
