A Venus Aerospace sugere o motor Venus Detonation Ramjet 2000 lb Thrust (VDR2) como solução para tornar os voos hipersónicos uma realidade. Atualmente, um dos maiores desafios neste capítulo é precisamente os motores que permitam aceleração sustentada para voos ao longo de grandes distâncias, nestas velocidades. Os sistemas atuais são colocados em elevadas velocidades e alturas por foguetões e que depois conseguem atingir velocidades Mach 5 ao pairar de volta para baixas altitudes. A solução não serve, por exemplo, para um voo entre São Francisco e Tóquio em uma hora.
O VDR2 tem um aspeto simples, de basicamente um tubo vazio sem partes móveis, e pode resolver este desafio. Essencialmente, o ramjet funciona ao comprimir o ar com a velocidade do motor em movimento para a frente, em vez de usar lâminas em turbinas como o motor convencional a jato, explica o New Atlas.
As vantagens desta abordagem para voos hipersónicos passam pela tolerância a temperaturas mais elevadas do que os motores convencionais, por ser mecanicamente simples e não ter partes móveis. Com a temperatura do ar no interior do motor a poder chegar aos 2130 graus, é fácil perceber que componentes como lâminas ou semelhantes facilmente se desgastariam.
O VDR2, que pode ainda vir a ser melhorado, consiste num RDRE (de Rotating Detonation Rocket Engine) que tem dois cilindros coaxiais, com uma abertura entre eles. É nesta abertura que entra o combustível ou mistura oxidante que é acendido, numa reação e ondas de choque que geram mais calor e pressão.
Este motor apresenta elevada capacidade de propulsão e eficiência necessárias para atingir velocidades de Mach 6 e uma altitude de 52 mil metros ou 170 mil pés. O VDR2 deve ser testado num voo de drone no próximo ano.