O Fugaku Next vai ser o supercomputador mais rápido do mundo quando estiver pronto em 2030. O compromisso do MEXT (Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão) é investir mais de 750 milhões de dólares (cerca de 675 milhões de euros ao câmbio atual) para criar um supercomputador mil vezes mais rápido do que os atuais e que será o primeiro a atingir um desempenho na escala dos zetaFLOPS (1 seguido de 21 zeros de cálculos por segundo). Os supercomputadores da atualidade têm desempenhos na ordem dos exaFLOPS (1 seguido de 18 zeros).
A concretizar-se este desafio, o Japão estará na dianteira para resolver alguns dos desafios mais complexos na Inteligência Artificial e na investigação científica, como salienta a agência Nikkei: “A decisão de construir uma máquina superpoderosa foi tomada para acompanhar o desenvolvimento de pesquisas científicas usando Inteligência Artificial”.
O nome da nova máquina ainda não é oficial, mas o supercomputador deve seguir a senda do Fugaku, que foi o supercomputador mais rápido do mundo até 2022 (0,44 exaFLOPS), quando foi destronado pelo americano Frontier (1,2 exaFLOPS). O Fugaku Next vai ser desenvolvido pela RIKEN e pela Fujitsu, tal como o original.
Nesta fase, ainda não se conhecem os pormenores técnicos da máquina, mas sabe-se que a eficiência energética é um dos maiores desafios a superar: um estudo de 2023 mostrou que construir uma máquina destas, com a tecnologia atual, exigiria energia ao nível da que é produzida por 21 centrais nucleares.
Financeiramente, o MEXT assume o compromisso de investir 29 milhões de dólares na iniciativa durante o primeiro ano e aumentar o investimento até um total de 761 milhões até 2030.