A Huawei deu a conhecer nesta quinta-feira o Nova 9 o terminal que marca o regresso da fabricante chinesa ao segmento dos smartphones no mercado português. A Exame Informática teve oportunidade de ter um contacto prévio com este Nova, pelo que apresentamos aqui as nossas primeiras impressões (a análise completa será disponibilizada mais tarde).
Comecemos pelo design, que é precisamente um dos pontos mais fortes do Nova 9. O ecrã tem um design curvo que nos fez recordar os Samsung Edge e 6,57 polegadas de tamanho. A resolução é FHD+ (2340×1080) e a taxa de atualização pode chegar aos 120 Hz – o utilizador pode escolher entre 60 Hz e 120 Hz, sendo que há ainda a opção de dinâmica, que alterna entre estas duas taxas. A qualidade de imagem é convincente, mas acaba por ser o elevado rácio ecrã/corpo que mais chama a atenção – praticamente todo o painel frontal é ecrã (a câmara frontal de 32 MP e f/2.0 está embutida num furo ao centro).
O Nova 9 estará disponível em azul ou preto e foi o modelo mais escuro que recebemos para análise. E não precisámos de muito tempo para ver que a traseira fica marcada com dedadas com alguma facilidade. O módulo de câmaras fez-nos lembrar a expressão “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Seguindo o layout que já se conhecia do P50 Pro, as lentes estão espalhadas por dois anéis. Em termos de especificações, o Nova 9 conta com: lente principal de 50 MP, f/1.9, sensor RYYB; lente ultra grande angular de 8 MP e f/2.2; lente macro de 2 MP, f/2.4, distância mínima de foco de 4 cm; lente de profundidade de campo de 2 MP e f/2.4.
Confessamos que ainda não tivemos o tempo necessário para explorar convenientemente todo o potencial das câmaras, mas as funcionalidades de Vlog chamaram-nos a atenção, já que permitem capturar e gravar imagens de duas câmaras diferentes em simultâneo. No fundo, é o refinar do Dual View que já conhecíamos de modelos anteriores da Huawei.
“Carrega!”
Em termos de desempenho, não temos nada a apontar. Até agora, a experiência de utilização revelou-se sempre fluída. Contudo, temos de fazer a ressalva que ainda não realizámos os nossos benchmarks habituais nem ‘puxámos’ por ele até ao limite. O processador que alimenta o Nova 9 é um Snapdragon 778G 4G. Não é a solução topo de gama da Qualcomm e é 4G, mas, nesta fase, nem o mítico Zandinga seria capaz de prever quando teremos 5G a funcionar em Portugal. A nível de componentes, destaquem-se os 8 GB de RAM e os 128 GB de armazenamento, números habituais em bons terminais que rondam os €500.
O carregamento é outro ponto forte deste smartphone, já que os 66 W são capazes de encher a bateria de 4300 mAh toda em cerca de meia hora – impressionante.
Em termos de dimensões e peso, o Nova 9 possui 160×73,7×7,77 mm e 175 g. A interface gráfica é EMUI 12 a trabalhar em cima de Android, mas este é um smartphone que padece do mesmo inconveniente dos últimos terminais da Huawei: não possui serviços Google. Uma pecha que complica a vida de um smartphone cativante, até porque ao custar €549, bate-se com uma concorrência feroz, como o Motorola G100 ou o Oppo Reno6 5G.