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Depois de um lançamento discreto no passado mês de novembro, a Cabovisão decidiu avançar para a estreia comercial da OneBox, já com a versão final que hoje está a ser comercializada com valores que variam entre os cinco e os 15 euros mensais.
O relançamento pretende atuar como um ponto de viragem para a operadora de cabo: «Queremos ser o segundo operador de telecomunicações em Portugal num prazo de cinco anos», garantiu João Zúquete da Silva, diretor geral da Cabovisão, em conferência de imprensa realizada durante a tarde de hoje em Lisboa.
A operadora, que foi recentemente comprada pelo grupo Altice, vê na OneBox o trunfo que faltava para desviar clientes da concorrência. E o que tem a OneBox de tão especial? A resposta pode ser resumida em poucas palavras: é uma set top box, que permite agregar entradas de telefone, router de Internet e box de TV num único dispositivo, e que tem ainda disponíveis entradas que podem ser ocupadas com uma unidade de Blu-Ray e um disco Rígido (versões disponíveis de 160 GB e 500 GB).
Em breve, a Cabovisão conta juntar mais um serviço aos quatro (TV, Net, Telefone e Vídeo) já disponibilizados: «Até ao final do ano vamos ter igualmente uma oferta para o segmento das comunicações móveis», acrescenta o responsável da Cabovisão.
A OneBox dispõe de quarto portas USB, quatro portas Ethernet, duas portas para telefone e ainda comunicações Wi-Fi (protocolo N). Está apta a reproduzir vídeos com resolução 1080p e é compatível com imagens em 3D.
A caixa, produzida pela Sagem, também pretende distinguir-se na forma de interação e nas funcionalidades disponibilizadas. O comando, que pode ser facilmente localizado através de um sinal sonoro, está equipado com os botões tradicionais de zapping, teclado QWERTY, e um trackpad que permite controlar um cursor no ecrã (útil para a navegação em páginas web, ou dentro da plataforma usada pela box). A possibilidade de gravação de um canal e o visionamento de outros dois (dividindo o ecrã ao meio) em simultâneo e a facilidade de gestão dos dispositivos ligados à box através do comando de TV prometem fazer “escola”.
Os responsáveis da Cabovisão garantem que, nas próximas semanas, serão lançadas funcionalidades de reinício de programas de TV e acesso a toda a programação emitida nos últimos sete dias pelos vários canais transmitidos.
«Mais do que uma box, é uma central de comunicações», frisa Alexandre Fonseca, diretor de Tecnologias da Cabovisão, quando chamado a descrever a caixa que hoje é usada em 2000 lares nacionais.
Novos pacotes d Internet
Além da OneBox, a Cabovisão aproveitou para dar a conhecer novidades no que toca a modalidades de acesso à Internet. Apesar de sublinhar que é a favor da neutralidade da Net e de garantir que os fornecedores de conteúdos não serão diferenciados, Alexandre Fonseca anunciou a intenção de lançar, em breve, tarifários específicos para determinados grupos de utilizadores que variam consoante o tráfego, a latência ou outros fatores tecnológicos. «Por exemplo, alguém que gosta muito jogar na Internet, pode estar disposto a pagar por um tarifário em que garante menor latência», explica o diretor de tecnologias da Cabovisão.
A Cabovisão admite que a diferenciação de clientes pode levar à tomada de medidas drásticas: Caso um utilizador exceda os limites considerados «razoáveis» para o tráfego de Internet e acabe por prejudicar a velocidade de acesso de outros clientes das imediações, a operadora poderá solicitar ao cliente a migração para um tarifário mais caro, que já contempla um uso mais intensivo.
Alexandre Fonseca e João Zúquete da Silva admitem mesmo que os casos de tráfego excessivo possam ser remetidos para as autoridades quando há suspeita de downloads ilegais. Apesar de confirmarem esta hipótese, os responsáveis da Cabovisão não referiram qualquer valor em termos de tráfego que permita saber qual o valor máximo previsto pelo «uso responsável».
A Cabovisão conta, atualmente, com 250 mil clientes e 900 mil casas cabladas (prontas a tornarem-se clientes desde que o solicitem). A operadora gere uma rede com 13 mil quilómetros (que não cobre grande parte do Minho, Trás Os Montes e Ilhas ) e pretende expandir gradualmente a cobertura para as regiões contíguas.