A Precision Neuroscience conta que com mais elétrodos a ligar computadores ao cérebro vai ser capaz de transferir mais dados nas duas direções e melhorar a capacidade. A empresa, que rivaliza com a Neuralink, conseguiu ligar 4096 elétrodos a um cérebro durante um ensaio clínico em abril de 2024 onde está a testar o seu novo implante.
Este aparelho usa a Layer 7 Cortical Interface, uma fina película de microeletrodos desenvolvida para se ajustar ao córtex cerebral sem causar dano. A empresa explica que a técnica minimamente invasiva pode ser usada para entregar milhares de canais para qualquer área do cérebro.
No caso deste recorde, cada conjunto de microeletrodos tinha 1024 elétrodos, com diâmetros entre os 50 e os 380 micrones e ligados a uma peça de hardware personalizada. A película conseuge capturar os sinais elétricos a uma escala ínfima e oferece uma visão sem par da atividade cerebral, explica o Interesting Engineering. Joshua B. Bederson, reponsável de Neurocirurgia do Mount Sinai Health System, conta que “é fácil ver o impacto que o mapeamento cortical de elevada resolução pode ter na sala de operações. Pode ser usado para guiar procedimentos mais precisos e eficientes, que podem levar a melhores resultados para os pacientes”.
No paciente em questão, os elétrodos foram implementados numa área com oito centímetros quadrados e cada conjunto conseguiu transmitir dados, gerando uma visualização detalhada da atividade cerebral.
“Antevemos ter o nosso primeiro produto comercial no mercado em 2025”, vaticina a Precision Neuroscience.