O NIF, instalado no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos EUA, conseguiu replicar o sucesso de 2022, quando obteve uma ignição por fusão, algo que pode abrir mais o caminho em direção a energias limpas, fiáveis e autossustentáveis.
O programa de fusão experimental deste laboratório usa alguns dos lasers mais poderosos para forçar os átomos de hidrogénio a assumir novas configurações e resultando em energia adicional que pode ser usada. No NIF, uma pequena câmara do tamanho de uma unha é enchida com isótopos de hidrogénio que encharcam os raios emitidos pelos 192 lasers para recriar condições de temperatura ótimas para a geração de energia a mais. As partículas nucleares são depois reorganizadas para formar hélio e, esperançosamente, algum resto de energia adicional.
O ScienceAlert explica que o primeiro passo, a ignição, ocorre quando a energia lançada é suficiente para sustentar o processo de fusão. “Numa experiência conduzida a 30 de julho, repetimos a ignição no NIF”, contam os responsáveis do laboratório ao Financial Times.
Neste caso, os cientistas conseguiram 3,5 megajoules, acima dos 3,15 megajoules conseguidos na primeira experiência de dezembro do ano passado. Os lasers necessitaram de 2 megajoules para operar, pelo que o excesso de energia gerada parece impressionante.
Para conseguir uma instalação completamente funcional com estes princípios, serão necessários lasers cem vezes mais poderosos e a pulsar várias vezes por segundo.