O novo Centro de Testes instalado em Viana do Castelo foi desenvolvido no âmbito do projeto europeu ATLANTIS, liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). O centro contou com um investimento de 8,5 milhões de euros pelo programa Horizonte Europa e está orientado para a inspeção e manutenção de parques eólicos offshore com recurso a tecnologias robóticas marinhas.
A localização na zona portuária do rio Lima garante condições únicas para testar diversos robôs e tecnologias de Inteligência Artificial. O centro, ATLANTIS Test Centre, está aberto à comunidade nacional e internacional que pretenda validar e demonstrar as suas soluções robóticas, com os resultados dos testes a servir para identificar vantagens competitivas e avaliar a prontidão das soluções para utilização em ambiente marítimo. O centro conta com todas as infraestruturas necessárias para o suporte aos testes e validações de tecnologias robóticas marinhas direcionadas à inspeção e manutenção.
Andry Maykol Pinto, investigador do INESC TEC que coordena o ATLANTIS, explica que o centro se foca em dois pilares de inovação: “a disponibilização de um ambiente controlado de validação para tecnologias robóticas de suporte às atividades de inspeção e manutenção de turbinas eólicas offshore, desde a fase de conceção até à criação de produto, e a caracterização do real valor que essas soluções aportam à cadeia de valor deste sector em forte expansão”.
O centro vai ajudar a realizar testes em ambiente real, com o ATLANTIS Test Centre a constituir uma oportunidade para a Europa em desenvolver, de forma sustentada, aplicações robóticas e de inteligência artificial que possibilitem aumentar a sustentabilidade de parques eólicos marítimos”.
O projeto conta com a participação da EDP NEW e o apoio de diversos parceiros tecnológicos e académicos de referência mundial. “O objetivo é que possamos testar soluções que permitam, a curto e médio prazo, reduzir os custos e tempos das atividades de Operação e Manutenção em ambiente offshore”, conta João Formiga, Responsável da Área de Tecnologias Renováveis da EDP NEW.
O coordenador do projeto explica que “uma das componentes desta infraestrutura é a existência da estrutura metálica flutuante de 16 metros de diâmetro e 8 metros de altura, que reflete diferentes desafios técnicos que robôs autónomos precisam de ultrapassar”. O espaço tem ainda infraestruturas de comunicação e logística para fácil colocação e recolha de veículos de água, barcos de apoio e monitorização de operações em tempo real.