A Colossal Biosciences, empresa do Texas, descreve-se como uma instituição de ‘des-extinção’, ou seja, que usa ciência para anular a extinção de algumas espécies. A empresa conseguiu reavivar o mamute e o tigre da Tasmânia e focou agora atenções no exótico dodo, um pássaro encontrado nas Maurícias e que acabou por desaparecer.
A chegada dos colonos holandeses, no século XVI, à região das Maurícias acabou por levar à extinção de várias espécies nativas. A ação nefasta aconteceu pela destruição do habitat natural dos animais locais ou por terem sido introduzidos, voluntária ou involuntariamente, espécies que trouxeram riscos, como ratos, porcos ou macacos.
O Innovative Technology Fund dos EUA vai investir 150 milhões de dólares neste projeto da Colossal Biosciences e a iniciativa vai ser supervisionada por Beth Saphito, paleogeneticista que assume um fascínio pelos dodos.
Saphiro admite que não vai ser possível recriar a 100% o animal que vagueava pelas Maurícias há cerca de 400 anos. “O que vamos tentar fazer é criar aproximações a esta espécie que estão adaptadas aos ambientes que temos hoje em dia”, cita a Cnet.
Os críticos apontam que a ‘des-extinção’ é ciência de conto de fadas e denunciam a abordagem bastante virada para os media da Colossal, sendo muitas vezes citada a frase de Jurassic Park “Os cientistas estavam tão preocupados sobre se conseguiam ou não fazê-lo… que não se preocuparam em saber se o deviam fazer”.
Os defensores destes esforços explicam que trazer de volta estas espécies para a Natureza pode trazer benefícios ecológicos e até ajudar nas alterações climáticas.
Os esforços da Colossal vão passar pela recriação genética do ADN encontrado num espécimen que está atualmente no Museu de História Natural em Copenhaga.
Leia aqui a reportagem completa da CNet onde, além da explicação técnica dos procedimentos da Colossal, podem ser vistos argumentos para os dois lados da questão da ‘des-extinção’.