O sistema de verificação que a China anunciou ter agora estreado com sucesso pretende cobrir todo o espetro de exploração de energia solar captada no espaço, desde a recolha à transmissão para Terra. É descrito como sendo “completamente ligado, integral e um sistema de verificação terrestre de energia solar espacial”. A instalação está a ser explorada na Universidade de Xidian, na cidade de Xi’ian, região onde se encontraram cerca de oito mil estátuas de guerreiros em terracota na década de 1970.
Estas instalações integram uma torre de verificação de 75 metros e pretendem fomentar a pesquisa na exploração da energia solar captada no espaço desde “a concentração eficiente de luz e conversão fotoelétrica, conversão de micro-ondas, emissão de micro-ondas e otimização de comprimentos de onda, medição do apontamento da transmissão de micro-ondas e controlo, receção e retificação de micro-ondas e desenho estrutural mecânico inteligente”, cita o New Atlas.
Este sistema pretende cobrir todo o espetro de atividades ligadas à exploração da energia solar captada no espaço, desde monitorizar o Sol, concentração de luz, conversão em eletricidade, transmissão sob a forma de micro-ondas e receção por meio de uma antena especificamente desenhada para o efeito.
A torre inclui na parte superior um conjunto de pratos que simulam os painéis colocados em órbita em satélites, um sistema de focagem e um recetáculo na zona inferior. A equipa que está a explorar a oportunidade sabe que é diferente transmitir a energia captada pelos painéis ao longo de apenas 55 metros do que transmitir a que será captada a 36 mil quilómetros, no espaço, pelo que ainda devemos ter de aguardar alguns anos até que sejam criados sistemas otimizados para este efeito.
Há muito que se sabe que as condições de captura de energia solar a partir do espaço são as ideais, pelo facto de não haver nuvens aí, não haver variabilidade relacionada com as estações do ano, não existir qualquer filtro atmosférico e ser possível ter os painéis a operar de forma eficiente durante todo o tempo, uma vez que o planeta ou a rotação do planeta não bloqueiam a exposição solar. A transmissão eficiente da energia captada para Terra é que representa o principal desafio, algo que esta torre vai poder ajudar a resolver agora.