A equipa de Cambridge selou um tipo de cianobactéria (as algas verde-azuladas, que produzem oxigénio através da fotossíntese quando expostas à luz) dentro de um compartimento transparente do tamanho de uma pilha AA. Esta foi a fonte de alimentação necessária para manter um processador Arm Cortex M0+ ligado durante seis meses consecutivos. A equipa defende que este tipo de soluções pode ser usado para garantir o fornecimento de eletricidade para vários pequenos aparelhos, sem que sejam precisos materiais raros como acontece com as baterias.
O sistema de microcomputação esteve instalado na casa de um dos investigadores durante o período da pandemia e correu em ciclos de 45 minutos, sendo usado para calcular somas de números consecutivos para simular uma carga de trabalho computacional, que exigiram 0,3 microwatts de alimentação elétrica e ciclos de 15 minutos de pausa, que requeriam 0,24 microwatts.
Segundo o comunicado da Universidade de Cambridge, a pequena corrente elétrica gerada no processo de fotossíntese interage com um elétrodo de alumínio que transfere a energia para o processador
Os próximos passos da equipa envolvem perceber quanto mais este conceito pode ser expandido para, no limite, gerar eletricidade para alimentar uma casa ou outras utilizações de maior intensidade. Sabe-se que a bactéria cria a sua própria alimentação durante a fotossíntese e que o processo de produção de energia continua mesmo durante a noite, pelo que se estima que os custos associados a este tipo de baterias sejam reduzidos. A equipa acredita que os primeiros aparelhos de utilização comercial devem surgir daqui a cinco anos.