A combinação da estrela branca anã morta e o exoplaneta semelhante a Júpiter a 6500 anos-luz pode ser uma previsualização do que vai acontecer ao nosso sistema dentro de cinco mil milhões de anos, vaticinam os investigadores.
Os investigadores explicam que quando uma estrela amarela anã esgota o seu fornecimento de hélio, expande-se para um gigante vermelho e incinera os planetas mais próximos de si (no nosso caso, seriam Terra, Marte, Vénus e Mercúrio), contraindo-se depois numa estela branca, com cerca de metade da massa original. Os investigadores não têm a certeza sobre o que poderá acontecer aos planetas mais distantes, como Júpiter ou Urano e esta descoberta pode ajudar a perceber o que lhes irá acontecer, noticia o New York Times.
A observação foi feita com recurso ao telescópio no observatório do Havai, com a equipa a detetar o planeta 1,4x o tamanho de Júpiter a orbitar uma estrela apagada com 60% do tamanho do Sol, numa órbita também semelhante à de Júpiter.
Este trabalho permite concluir que os planetas com órbitas mais largas são provavelmente mais comuns do que os planetas interiores e mostra que é possível que alguns dos planetas possam sobreviver à extinção do Sol. David Bennett, co-autor do estudo, revela que “se a Humanidade quisesse mover-se para uma lua de Júpiter ou Saturno antes de o Sol ‘fritar’ a Terra antes da fase gigante vermelho do Sol, continuaríamos na órbita deste astro, mas não poderíamos contar com qualquer calor do Sol como estrela anã branca durante muito, muito tempo”.