Uma equipa do MIT e da Commonwealth Fusion Systems conseguiu demonstrar com sucesso um ímane de alta temperatura supercondutor a produzir um campo de energia com força de 20 tesla, o mais poderoso deste género. Este avanço no íman coloca a comunidade mais próxima de conseguir desenvolver o SPARC, um dispositivo a energia de fusão em 2025 e que consegue criar um campo de plasma, produzindo mais energia do que a que consome.
Mari Zuber, vice-presidente de investigação do MIT, explica que “a fusão é, sob muitos aspetos, a derradeira fonte de energia limpa. O volume de energia disponível pode realmente vir a mudar o jogo”, cita o Vice. Esta fonte é alimentada a água e consegue produzir grandes volumes de energia sem emissão de carbono.
A inovação da equipa do MIT-CFS é que o hardware e tecnologia de alta temperatura usados permitem criar campos magnéticos muito mais fortes. Esta solução consegue criar um campo desenvolvido por ímanes de baixas temperaturas, mas que precisavam de ter 40 vezes o seu tamanho.
A intenção é construir, além do SPARC, uma instalação de produção de energia a fusão chamada ARC até 2033. Estes avanços vão ser cruciais numa altura em que se assiste a uma transição para veículos elétricos, o que irá conduzir a um aumento na procura de energia nas redes.