O resultado até pode ser o esperado, mas o estudo israelita é importante para quem tem dúvidas quanto aos riscos associados à toma da vacina versus os riscos de ficar doente com Covid-19. Até porque este estudo analisou dados de um grande número de pessoas em ‘mundo real’, embora tenha sido limitado à vacina Pfizer/BioNTech. Foram analisados dados de mais de um milhão de pessoas, divididas em dois grandes grupos: vacinados e doentes.
As conclusões indicam que o risco de efeitos secundários adversos recorrente da toma da vacina é muito baixo. Sobretudo quando comparado com os riscos de ficar doente com Covid-19. O estudo vai ainda mais longe e conclui que mesmo as doenças e perturbações suspeitas de terem resultado da toma da vacina (até 42 dias depois) surgem, estatisticamente, de modo significativamente mais grave em quem ficou doente com Covid-19. De outro modo, é provável que um vacinado que desenvolva efeitos secundários teria esses efeitos muito mais agravados se não fosse vacinado e fosse infetado.
Os investigadores encontraram uma relação estatística entre vacinados e a maior probabilidade de se desenvolver problemas como inflamações cardíacas, apendicites e gânglios linfáticos inchados. No entanto, uma vez mais, a probabilidade de estes problemas surgirem em pessoas com Cobid-19 é significativamente maior. Um exemplo concreto: 2,7 em cada 100 mil vacinados apresentaram inflamações cardíacas, número que aumenta para 11 casos em cada 100 mil doentes com Covid-19.
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