No passado dia 4 de fevereiro, Dimitry Rogozin, diretor da agência espacial russa Roscosmos, reuniu com Vladimir Putin para discutir o desenvolvimento dos próximos programas espaciais russos. Embora seja de conhecimento público que a agência não se encontra na melhor situação financeira, de momento, Rogozin deu novidades sobre alguns projetos de foguetões que estão em curso.
O primeiro é conhecido por Soyuz-5 e há expectativas que possa ser o próximo portador do estandarte russo nos programas espaciais. Pensa-se que esta nave possa vir a levantar voo até 2022 e que venha a representar a próxima geração de foguetões da Federação Russa. De acordo com a SpaceNews, Rogozin afirmou que os roquetes Angara vão ser testados durante este ano para demonstrar e ensaiar novamente com o modelo A5, que possui quatro propulsores.
«Consta na agenda estatal que se venha a avançar com a construção de uma infraestrutura espacial terrestre, (…) o design externo deste foguetão está praticamente decidido», disse Rogozin a Putin sobre o foguete lunar, de acordo com a ata pública da reunião no Kremlin.
Os detalhes sobre o projeto continuam em segredo de Estado, embora se saiba que o governo russo não vai avançar com um investimento pelo menos até abril deste ano.
No Twitter, Rogozin publicou recentemente uma fotografia de um grande dossiê , que afirma conter os planos de desenvolvimento de um super-foguete que está planeado estar pronto em 2028 e terá o nome de Yenisei. Sabe-se ainda que o projeto contará com a participação da Energia, da Progress e da Khrunichev, todas elas empresas envolvidas no desenvolvimento de materiais, naves e propulsores para as missões espaciais russas.
Segundo a SpaceNews, a Roscosmos anunciou em dezembro uma possível proposta de projeto, que «dado os limites orçamentais, todas as partes do super-foguetão terão a habilidade de voar por si mesmas e poderão ser produzidas em larga escala». Tal pode significar que o projeto resultará de uma fusão entre o Soyuz-5 e a linha da Angara.
De acordo com a proposta citada pela TASS (agência de notícias russa) em dezembro, o Yenisei será capaz de elevar as suas 70 toneladas, estando planeado que levante voo pela primeira vez em 2028 do porto aeroespacial de Vostochny, até à órbita da Terra.
A agência de comunicação avançou também que o projeto está avaliado em 20.058.968.500€ e que não se sabe ao certo o grau de envolvimento e de empenho do Kremlin no desenvolvimento do projeto.