O útero artificial parece um saco de plástico com um fecho e com tubos com sangue e outros fluidos. Os fetos desenvolveram-se durante quatro semanas como se estivessem dentro do útero real, com um bom crescimento dos pulmões e do cérebro, com lãs, aprenderam a engolir e abriram os olhos. Este estudo abre boas perspetivas para ajudar bebés prematuros a desenvolverem-se também fora do organismo das mães.
Alan Flake, coordenador da investigação, diz que ainda estamos longe do cenário em que se retira o embrião do corpo das mães e se continua a desenvolvê-lo dentro deste Biobag. O objetivo para já é que os bebés prematuros que nascem cedo demais possam ter um ambiente mais semelhante a um útero verdadeiro e conseguir as melhores condições para se desenvolverem.
O Biobag contem um plástico claro que protege o feto do mundo exterior, uma solução líquida semelhante ao fluido amniótico encontrado no útero e um sistema de circulação para sangue e dióxido de carbono, explica o The Verge.
Os principais desafios na criação deste sistema passaram pela forma de bombear o sangue com a pressão correta, de forma a não danificar o coração do bebé, e evitar o risco de infeções.
Durante a experiência, os oito fetos foram retirados quando tinham o equivalente a 22 a 24 semanas de gestação, ficaram quatro semanas no útero artificial e foram depois colocados em incubadoras.