O avião deverá conseguir transportar 150 pessoas em viagens de 450 quilómetros. Em vez de turbinas movidas com combustível fóssil, deverá funcionar com energia elétrica. O avião, que poderia ser usado para ligar Londres e Paris, ainda não existe – mas se depender da Wright Electric poderá estar pronto a fazer a estreia dentro de 10 anos.
A BBC dá conta de que o projeto já despertou o interesse de pelo menos uma companhia aérea: «A Easyjet tem vindo a ter negociações com a Wright Electric e tem disponibilizado ativamente a perspetiva dos operadores aéreos para o desenvolvimento desta tecnologia entusiasmante», refere em comunicado a conhecida companhia aérea low-cost.
Apesar de já contar com o interesse oficializado de uma companhia aérea, a Wright Electric ainda terá de provar que consegue desenvolver um “avião elétrico” – que terá não só a vantagem de produzir menos poluição atmosférica, como poderá emitir menos ruído.
Boa parte do sucesso deste projeto depende agora da evolução tecnológica que as baterias poderão vir a registar nos próximos anos. Os mentores do futuro avião admitem que terá de ser criado um sistema de substituição de baterias que dispensará os aviões de ficarem estacionados em morosos carregamentos.
Apesar de a evolução tecnológica se manter numa incógnita, a Wright Electric reitera o otimismo através de algumas previsões: numa apresentação para investidores, a startup diz-se apostada em fazer com que todos os voos de curto alcance possam ser feitos através de aviões elétricos (o que corresponde a 30% de todos os voos feitos na atualidade).
A Wright Technology tem vindo a acelerar o negócio na famosa incubadora T Combinator. A startup não está sozinha nesta nova tendência: a Airbus prevê criar um avião elétrico capaz de tranportar entre 70 e 90 pessoas durante voos de curto alcance.