
O supersónico já não é novidade, mas os voos hipersónicos podem tornar-se uma realidade nos próximos tempos: pelo menos, é essa a esperança dos especialistas da Agência Espacial dos EUA (NASA), da Força Aérea dos EUA e da Agência Espacial do Departamento de Defesa Australiano que conseguiram lançar o primeiro foguete hipersónico, que rasgou os céus a velocidades estimadas de 7,5 vezes a velocidade do som (a velocidade do som é de 1.236 km/h; o rocket terá superado os 9.270 Km/h) durante um voo que o elevou a cerca de 278 quilómetros da altitude. Os testes foram realizados numa base de Woomera, na Austrália.
«É uma tecnologia com poder de provocar a mudança, que foi identificada no 2016 Defence White Paper e que pode revolucionar as viagens aéreas à escala mundial, providenciando um acesso ao Espaço com eficiência de custos», antevê Alex Zelinsky, investigador do Departamento de Defesa Australiano, citado pela Popular Science.
Além do desenvolvimento de um transporte aéreo capaz de dar uma volta ao mundo em pouco mais de quatro horas (a circunferência da Terra, sobre o equador perfaz uma distância de 40.075 quilómetros), os testes levados a cabo pelas agências dos EUA e da Austrália podem revelar potencial na área da defesa: com um voo hipersónico torna-se possível fazer um ataque aéreo (ou apenas captar imagens) a uma velocidade que torna inútil, à luz da evolução tecnológica atual, qualquer reação das forças no terreno, mesmo depois de um veículo aéreo ter sido captado no radar.