![cerebro.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/6181177cerebro.jpg)
Investigadores da universidade de Washington levaram a cabo um estudo que lhes permitiu concluir que a pobreza pode ter impacto na forma como se processam as ligações cerebrais das crianças. Em comparação com crianças de um estrato sócio-económico mais elevado, as mais pobres têm uma maior tendência para serem afetadas nas áreas do cérebro ligadas à memória, resposta ao stress e controlo emocional.
O estudo, que foi publicado no The American Journal of Psychiatry, sugere que as crianças pobres podem ter mais problemas em controlar as suas respostas emocionais, estabelecendo uma correlação com o maior número de casos de depressão que se verificam neste estrato sócio-económico.
Os cientistas fizeram ressonâncias magnéticas ao cérebro das crianças e constataram que o hipocampo e a amígdala cerebral tinham tendência a serem mais pequenas nos jovens mais pobres. Além disso, as ligações cerebrais destas duas regiões com as outras partes do cérebro também eram diferentes.
Há que salientar que a equipa de investigadores não teve o objetivo inicial de estudar o efeito da pobreza no cérebro, mas sim o desenvolvimento da depressão, revela o Ars Technica. Isto significa que os testes foram feitos em crianças com níveis elevados de depressão, pelo que ainda será necessário repetir os testes com outro grupo de jovens para confirmar se as conclusões se mantêm.