A ideia é que a tinta, criada a partir de dois químicos, se junte às células cancerígenas, iluminando essa zona e ajudando os cirurgiões a saber onde têm de intervir para curar ou mitigar os efeitos do cancro. De acordo com a Popular Science, a tinta é composta por clorotoxina, uma proteína que deriva do veneno do escorpião que atua junto dos recetores e uma segunda proteína não tóxica que torna as células fluorescentes quando expostas a luzes infravermelhos.
O projeto está a ser testado em humanos, depois de ter sido aplicado com sucesso em cobaias nos laboratórios. Em alguns dos primeiros testes, os investigadores conseguiram injetar a tinta nas veias do paciente e verificaram que a substância passou as barreiras do cérebro que o protegem contra químicos nocivos. A tinta conseguiu agarrar-se às células cancerígenas que estavam profundamente enraizadas e os cirurgiões até tiveram de remover parte de tecido saudável para chegarem até lá e constatarem que funciona mesmo e que a zona estava fluorescente, quando exposta a luz infravermelhos, noticia a Popular Science.
O objetivo dos investigadores do Cedars Sinai Medical Center em Los Angeles é que a tinta possa ser usada também para outros tipos de tumores.