
Investigadores das Universidades de Cornell, Brown, Stanford e Califórnia anunciaram o desenvolvimento de um robô capaz de extrair conhecimentos e chegar às suas próprias conclusões a partir da informação que recolhe na Internet.
A ideia já não é propriamente inédita: Na Universidade de Eindhoven, Holanda, uma iniciativa conhecida por RoboEarth também recorreu à Internet como fonte de informação, mas como refere a BBC, há uma diferença entre os dois projetos. Enquanto a universidade Holandesa optou por criar um repositório de dados que, depois pode ser reaproveitado por outras famílias robóticas, as quatro universidades norte-americanas apostaram no desenvolvimento de uma tecnologia que dá autonomia ao robô no que toca ao entendimento das leis do mundo, passando a dispensar a programação feita por humanos.
A aprendizagem do Robo Brain tem por base um arquivo composto por mais de mil milhões de páginas nas Internet, 120 mil vídeo disponíveis no YouTube e ainda 100 milhões de documentos que constam nos mais variados manuais.
Com este repositório, o sistema ganhou capacidade para distinguir objetos e classificá-los de acordo com as funções que assumem no quotidiano.
Os investigadores dão o seguinte exemplo: com o conhecimento obtido a partir da Internet, um robô não só consegue distinguir uma TV como conclui que alguém está naquele momento a olhar para ela e, por isso, não se deve meter à frente. Caso esse mesmo robô não compreenda o que se está a passar, poderá sempre lançar uma questão, através da Internet, ao arquivo que vai sendo elaborado a partir de conhecimento retirado da Web.
Os mentores do Robo Brain acreditam que o novo sistema possa atuar como um complemento de inteligência para os robôs que, durante os próximos 10 anos, deverão começar a invadir os lares dos países mais desenvolvidos.