As primeiras impressões estimam que Naia tivesse 15 anos quando morreu, há 12 ou 13 mil anos atrás. Além de Naia, havia esqueletos de mais 65 animais, alguns dos quais já extintos.
Os investigadores encontraram a caveira, a pélvis, uma perna e um braço completos e os ombros de Naia. É um dos esqueletos mais completos e vai permitir apurar as características dos primeiros americanos.
A descrição Hoyo Negro onde foi encontrada a caveira é entusiasmante com um túnel de 20 metros, um intrincado sistema de caves e câmaras submersas, explica a New Scientist. «Descemos por uma piscina de água cristalina e fomos até um túnel inundado [com 90 metros]. Depois, o chão desapareceu e não podíamos ver nada à nossa frente. Quando apontávamos as nossas luzes, não víamos nada, só escuridão», explica Alberto Nava Blank, um dos mergulhadores envolvidos na exploração.
Acredita-se que os antecedentes de Naia tenham vindo da Sibéria a partir de uma faixa de terra que ligaria o Alasca à Sibéria, há mais de 15 mil anos. A análise do ADN revela que Naia fazia parte da população da Sibéria, de onde descende a maior parte da população nativa americana. A caveira mostra um crânio e um rosto mais pequenos do que os dos nativos americanos mais recentes.
Os vestígios de Naia mantêm-se no sítio onde foram descobertos, mas dadas as visitas de mergulhadores não autorizados, os investigadores levaram cinco peças para laboratório, incluindo o maxilar e o crânio.