
Segundo o New York Times, um grupo de astrónomos descobriu um planetoide gelado numa zona distante do sistema solar, entre o Cinto de Kuiper e a Nuvem de Oort, que até agora se julgava vazia.
Estima-se que o planetoide tenha uma circunferência de 400 quilómetros e que a sua órbita oscile entre os 12 mil milhões de quilómetros e os 115 mil milhões de milhas. O planeta, com o nome de 2012 VP113 está, agora, no seu ponto mais próximo do Sol. Por comparação, Neptuno, o mais distante planeta do Sistema Solar, está a 4,5 mil milhões de quilómetros do Sol.
O planetoide 2012 VP113 é o segundo objeto que os astrónomos encontram nesta região entre o Cinto de Kuiper (uma zona de corpos de gelo para lá da órbita de Neptuno) e a Nuvem de Oort (uma hipotética esfera de planetesimais gelados, que nunca foi observada mas se julga envolver o sistema solar e existir a cerca de um ano luz do Sol). Sedna foi o primeiro planetoide a ser descoberto nesta região, em 2003, e deu origem ao nome que os astrónomos usam para designar estes objetos: sednóides. Depois da descoberta, os astrónomos julgavam que depressa iriam descobrir outros sednóides na região. Todavia, durante os anos que se seguiram não encontraram nenhum, até ao 2012 VP113.
Ainda não há explicações satisfatórias para a existência destes corpos celestes numa região que se julgava deserta. Foram feitas simulações de computador que mostram, todavia, que estes corpos celestes podem ser explicados pela influência gravítica de um planeta ainda não descoberto. Tal planeta teria uma massa equivalente a cinco Terras e estaria a 37 mil milhões de quilómetros do Sol.