
De Londres a Ipswich, são 410 quilómetros de estrada. Ontem, investigadores da British Telecom (BT) e da Alcatel-Lucent conseguiram fazer com que um volume de dados correspondente a 44 filmes de Alta Resolução (HD) concluísse essa distância em apenas um segundo.
Em vez de seguirem pela autoestrada, os investigadores das duas companhias recorreram a redes de fibra ótica, que lhes permitiram alcançar uma largura de banda de 1,4 Tbps. No final, foi reclamado o recorde da largura de banda mundial.
Os mentores deste projeto recordista admitem que ainda vai demorar algum tempo até que um consumidor consiga ter um acesso de 1,4 Tbps em casa. Mas esse até nem será o objetivo primordial do ensaio levado a cabo a partir da torre de comunicações da BT, em Londres. De acordo com a BBC, os peritos da BT e da Alcatel-Lucent limitaram-se a desenvolver mecanismos que permitem aumentar a largura de banda nas redes de fibra ótica que estão atualmente a ser usadas. O que pode ser encarado como uma prova de que as atuais infraestruturas de telecomunicações terão a agilidade tecnológica necessária para acompanhar um crescimento médio anual de 35% no consumo de largura de banda.
Os responsáveis por este teste comparam a técnica usada durante os ensaios com uma estrada que acomoda várias faixas de rodagem que estreitam ou alargam à medida das necessidades de cada utilizador. Resultado: a transmissão de um vídeo em direto poderá ter direito a um canal de grande largura de banda, enquanto o acesso a um site poderá usar uma canal de reduzida largura de banda.