Um grupo de cientistas do Lawrence Berkeley National Laboratory desenvolveu uma nova técnica que permite medir o Universo com uma incrível precisão e uma margem de erro de apenas 1%.
Segundo a BBC, os cientistas conseguiram-no recorrendo ao BOSS (Baryon Oscillation Spectroscopic Survey) do Telescópio da Sloan Foundation, usando oscilações acústicas de bariões (BAOs, do original Barion Acoustic Oscillations). Um BAO é uma espécie de impressão digital das ondas de pressão que se deslocaram nos primeiros anos do Universo e ficaram “congeladas” nos confins do Espaço. Estas esferas têm um comprimento de 500 milhões de anos-luz, pelo que podem ser usadas para medir distâncias com enorme precisão.
“Quando sabemos a que distância as coisas estão, aprender tudo o resto torna-se, de repente, muito mais fácil”, afirmou à BBC Daniel Eisenstein, administrador do Sloan Digital Sky Survey III.
As distâncias medidas pelo BOSS vão ajudar os cientistas a calibrar propriedades de princípios cosmológicos fundamentais. Uma delas é a dúvida que existe sobre como é que a “energia negra” acelera a expansão do Universo.
Existem muitas outras questões que estes dados do BOSS ajudarão a responder, como a velocidade a que o Universo se expande e se é, ou não, infinito. E, apesar de ainda haver necessidade de aprofundar as descobertas que têm vindo a ser feitas, os mais recentes dados parecem indicar que o Universo é plano, infinito e existirá para sempre.