O inFORM usa tecnologia para replicar as três dimensões de um objeto e permite que o utilizador lhe toque realmente, dando um significado completamente diferente à expressão “ecrã tátil". No limite, esta tecnologia pode ser aplicada a uma conversa via Skype, por exemplo, e permitir que dois utilizadores possam jogar ao popular “jogo da sardinha” ou fazer um high five.
Cada um dos pinos deste ecrã está ligado a um motor que é controlado por um computador. Os pinos replicam o conteúdo que o utilizador digitalizou e registam quaisquer alterações que resultem da interação com o mesmo. Um dispositivo Kinect da Microsoft foi alterado para que os seus sensores possam ser usados para registar as interações com objetos da vida real.
O objetivo do Tangible Media Group, onde se incluem os criadores do inFORM Daniel Leithinger e Sean Follmer, é criar as novas interfaces de utilizador para o futuro próximo. Ambos os investigadores querem retomar o sentido do tacto que, paradoxalmente, se perdeu com a proliferação de ecrãs táteis. «Os nossos gadgets estão consumidos pelos ecrãs e tornaram-se retângulos pretos indistintos, sem qualquer controlo físico», explica Lethinger, citado pelo FastCo. «Enquanto humanos, evoluímos a interagir fisicamente com o ambiente, mas no século XXI estamos a perder toda a sensação tátil que é suposto guiar-nos, limitar-nos e que nos permite sentir-nos mais ligados (…) na transição para interfaces puramente digitais, algo profundo foi perdido», afirmam os investigadores.
Segundo estes cientistas, dentro de cinco a dez anos poderemos começar a ver aplicações comerciais com esta interface.
Veja o vídeo publicado no Vimeo pela Tangible Media.