Um caso trágico motivou o projeto Hateya: Depois de saberem, pela televisão, da morte de um bombeiro encurralado pelas chamas, estudantes de Haute École de la Province de Liége, Bélgica, lançaram mãos à obra para desenvolver novas ferramentas que indicam o caminho de regresso a um bombeiro no meio de um cenário dominado pelo fogo.
A solução, que foi apresentada na final do Imagine Cup, tem por base um fato que tem incorporados acelerómetros, compassos e giroscópios que permitem suprir a impossibilidade de uso de GPS no interior de edifícios, e que registam os movimentos e as direções tomadas por um soldado da paz quando entra num cenário dominado por chamas. Todos estes dados são registados num pequeno computador que segue no bolso do fato do bombeiro. No caso de não saber o caminho de regresso, o bombeiro apenas tem de carregar num botão incorporado na manga para que o minicomputador que traz incorporado no fato indique, através de uns óculos de realidade aumentada, o caminho de regresso ao ponto de partida.
Com esta tecnologia, os estudantes belgas acreditam ter criado uma solução viável que permite limitar as baixas causadas por uma das piores ameaças com que os bombeiros se costumam deparar: a perda de orientação num cenário dominado por chamas.
No espaço de demonstração do Imagine Cup, os estudantes deram a conhecer ainda um segundo módulo desta solução, que contempla a comunicação através de redes sem fios entre o computador incorporado na indumentária do bombeiro e um computador que pode estar no carro de combate aos incêndios. Deste modo, o coordenador da missão poderá igualmente apurar, em tempo real, as localizações dos bombeiros. A solução já testada em vários exercícios com os bombeiros de Liége.
