A GT Advanced Technologies desenvolveu uma técnica que permite criar ecrãs de saafira sintética com 0,1 milímetros de espessura (a mesma espessura de um cabelo humano). A startup norte-americana é apenas uma das várias empresas que já começaram a corrida à nova geração de ecrãs, que promete superar os já famosos Gorilla Glass em resistência ao impacto e aos riscos.
A safira, que tem uma estrutura cristalina que combina átomos de alumínio e oxogénio, poderá estrear nos telemóveis mais sofisticados no final do ano. Porquê safira? Os observadores do mercado têm a resposta na ponta da lingua: a safira é considerada o segundo material mais resistente do mundo.
Segundo MIT Review, alguns laboratórios já começaram a trabalhar em métodos de produção de safira sintética – que é, convenientemente, transparente e não azul. Para a Corning, a empresa americana que já vendeu mais de mil milhões de ecrãs com Gorilla Glass, o aparecimento da safira sintética é encarado com alguma descrença: «não temos a certeza de que este material tenha melhor desempenho que o vidro. Além disso, há ainda algumas questões relacionadas com o preço e o peso dos produtos que têm de ser resolvidas antes de a safira seja considerada como uma solução viável para os produtos de consumo», refere uma fonte oficial da Corning, citada pelo Daily Tech.
A Apple, que é uma das maiores compradoras de ecrãs de Gorilla Glass, já começou a usar safira – mas em pequenas camadas que protegem as objetivas usadas pelas câmaras de telemóveis. Nos ecrãs, o fator preço torna-se mais evidente: enquanto um ecrã de Gorila Glass tem um custo de três dólares por unidade, um ecrã de safira pode custar 30 dólares por unidade.
Há quem acredite que, em breve, o custo dos ecrãs produzidos com safira sintética desçam para 20 dólares por unidade. O que já será suficiente para acelerar a estreia comercial. Eric Virey, consultor da companhia francesa Yole Développement, é uma das vozes otimistas: «acredito que alguns fabricantes vão começar a testar o mercado e lançar, ainda em 2013, os primeiros smartphones topos de gama que usam safira».