Com esta descoberta, vai ser possível avançar, por exemplo, na investigação de curas para doenças neurodegenerativas, explica a Wired. Em 2011, esta mesma equipa tinha anunciado a capacidade de reprogramar células renais, encontradas na urina, para que se transformassem em células estaminais pluripotentes (IPS). Estas últimas podem depois ser ajustadas para dar origem a qualquer outra célula, através de um processo que comporta alguns riscos e pode conduzir a resultados enganadores.
A nova técnica recorre a vetores, que são moléculas de ADN usadas para transportar informação genética de célula em célula. Com estes vectores, basicamente não existe a necessidade de grandes alterações que possam provocar instabilidade ou mutações nas células.
A investigação chinesa concluiu que as células formaram-se em doze dias, no laboratório. Rapidamente adquiriram a forma de neurónios progenitores e podem desenvolver-se para formar células neuronais e células cerebrais. Ainda não se conseguiram prever as mutações que podem vir a ocorrer nestas células a longo prazo.
As vantagens desta técnica são a diminuição das mutações no imediato, a grande disponibilidade da matéria necessária e a maior fiabilidade conferida aquando do desenvolvimento de curas para doenças neurodegenerativas.