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Xiaodong Li e Lihong Bao, os dois investigadores da Universidade da Carolina do Sul que estão a liderar o projeto, acreditam que, um dia, a tecnologia que acaba de ser descrita num artigo do jornal Advanced Materials possa abrir caminho ao lançamento de peças de vestuário que carregam os mais variados gadgets.
Foi com uma t-shirt das mais baratas que os investigadores da Universidade norte-americana confirmaram a validade deste conceito. A peça de vestuário foi revestida por uma solução de fluoreto, que depois de seca, foi submetida a altas temperaturas num forno sem oxigénio. Este processo transformou o tecido num tipo de carbono que não só mantém a flexibilidade da t-shirt, como dá origem a um condensador, que fica apto a armazenar energia. Para guardar a energia, a t-shirt necessita ainda que parte do tecido atuem como elétrodos.
Segundo a BBC, os investigadores da Universidade dos EUA ainda revestiram a t-shirt com uma camada de óxido de manganésio com um nanómetro de espessura, que melhorou a eficiência da parte do tecido que atua como elétrodo. O uso comercial ainda não passou do campo das hipóteses, mas Xiaodong Li não tem dúvidas de que, cedo ou tarde, a sua criação acabará por entrar no circuito comercial: «usamos têxteis todos os dias. Um dia as nossas t-shirts de algodão podem assumir mais funções; um sistema de armazenamento de energia que pode ser usado para carregar o telemóvel ou o iPad é um dos exemplos».