A organização Médicos Sem Fronteiras é uma das parceiras neste projeto. «Os números da população são tudo. Precisamos de calcular o tamanho, a escala e o modo de intervenção e não o conseguimos fazer se não soubermos quantas pessoas estão», explica Ruby Siddiqui, dos Médicos Sem Fronteiras.
Neste momento, as contas são feitas por estimativa e por amostragem de um determinado local. Por exemplo, organizações humanitárias visitam um bairro e recolhem dados sobre a densidade populacional e depois extrapolam para toda a cidade, noticia a New Scientist.
Este método, além de acarretar riscos para quem está no terreno, pode também ser impreciso e exige demasiadas horas de análise. O projeto agora apresentado foi proposto pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e consiste na recolha de imagens de satélite e no uso destas fotografias para estimar o número de pessoas em determinada área no Chade.
Os primeiros resultados foram apresentados numa conferência dos Médicos Sem Fronteiras. Os números recolhidos pelos dois métodos coincidiram e o método da recolha por satélite conseguiu o resultado final em metade do tempo. Desta forma, a organização, que pretende vacinar a população contra a meningite, vai conseguir encomendar a dose certa de vacinas.