
Os números são elucidativos: os campeões humanos Brad Rutter e Ken Jenning conseguiram amealhar respetivamente 21.600 e 24.000 dólares em respostas certas; Watson chegou aos 77.147 mil dólares de respostas certas.
Rezam as crónicas da imprensa internacional que o supercomputador Watson também cometeu alguns erros no momento de procurar, em tempo real, a resposta certa nos seus arquivos. Mas a verdade é que a máquina era também bem mais rápida que os humanos a pressionar no botão que dá direito a responder – e também terá estado aí o segredo do sucesso da máquina, cujas prestações, na primeira noite de concurso Jeopardy, nem se tinham destacado muito das dos humanos. Depois de ter criado uma máquina capaz de vencer um mestre do xadrez mundial, a IBM inscreve novo feito no currículo da supercomputação (e do marketing…) com o desenvolvimento de uma máquina capaz de reconhecer a comunicação verbal e contextos que nunca viveu, antes de proceder à busca da informação certa em tempo real – como os humanos fazem nas relações que mantêm diariamente e, em especial, quando participam em concursos de quiz na TV.
Será desta que as máquinas passam a mandar nos homens? Os especialistas admitem que se trata de um feito assinalável, mas recordam que a principal virtude de Watson reside no software que foi criado pelos… humanos.
A IBM também não perdeu a oportunidade de mostrar que, por enquanto, a humanidade que continua a acima de tudo e decidiu entregar um grande prémio de um milhão de dólares a instituições de caridade.
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