Com o novo processo, o cientista francês acrescentou 123 mil milhões de dígitos ao anterior recordista nos cálculos do Pi, que também tinha recorrido a computadores para estimar a célebre divisão do perímetro de um círculo pelo respectivo diâmetro.
O anterior recorde era detido por investigadores da Universidade de Tsukuba, do Japão, mas Bellard lembra que os dois recordistas usaram ferramentas diferentes: enquanto a universidade japonesa recorreu a um supercomputador, Bellard apenas usou um desktop.
Portanto, não é de admirar que os dois projectos apresentem diferenças. No Japão, o Pi com 2,6 biliões de dígitos foi estimado após 29 horas de processamento ininterruptas; para acrescentar 123 mil milhões de dígitos ao anterior recorde, o computador de Bellard necessitou de 131 dias.
Segundo a BBC, o Pi apurado por Bellard ocupa mais de 1TB de memória.
A um ritmo de um dígito por segundo, a leitura do Pi recordista deverá demorar 49 mil anos a ser concluída.
Apesar já ter 2,7 biliões dígitos, o cálculo do Pi ainda não chegou ao fim (trata-se de um número com casas decimais infinitas).
Mais do que o Pi, Bellard diz estar mais interessado nos algoritmos que permitiram estimar o número para eventuais aplicações noutras áreas.
Em breve, o investigador deverá distribuir a aplicação.