A VSS Unity foi lançada a partir da nave-mãe VMS Eve naquele que foi o primeiro voo espacial comercial da Virgin Galactic, depois de mais de dez anos de desenvolvimento. A aeronave atingiu os 83 quilómetros de altitude e aterrou cerca de 15 minutos depois, no Spaceport America, perto do Novo México.
A missão Galactic 01 teve como primeiro cliente o governo italiano, que quis conduzir algumas investigações ligadas à microgravidade. A bordo estavam Walter Villadei, Angelo Landolfi e Pantaleone Carlucci, militares e investigador, respetivamente. A Unity foi pilotada pelo tenente-coronel Michael Masucii e por Nicola Pecile, com o treinador Colin Bennett, da Virgin Galactic, a marcar também presença no voo, noticia o Engadget.
Antes deste voo comercial, a Virgin Galactic realizou cinco voos tripulados, com o último a ter sido em maio, com quatro funcionários a bordo. O processo nem sempre bem sucedido, com um acidente em 2014 em que o copiloto acabou por morrer e o piloto ficou gravemente ferido.
O primeiro voo com tripulação completa aconteceu em 2021, com o fundador da empresa, Richard Branson, a bordo. O serviço comercial é que acabou por ser sempre adiado devido a diferentes problemas, com o mais recente a prender-se com a nave-mãe VMS Eve.
Cada bilhete a bordo destes voos custa 450 mil dólares (cerca de 415 mil euros ao câmbio atual), o que irá fornecer um alívio nas contas da Virgin Galactic que, até agora, só tem perdido dinheiro com esta empreitada. O objetivo da empresa tinha passado por assegurar mil reservas antes de realizar o primeiro voo comercial.
O diretor executivo da rival Blue Origin, Jeff Bezos, afirmou no passado que a Virgin Galactic não oferece uma experiência de voo espacial, por não chegar aos 100 quilómetros de altitude, coisa que a Blue Origin disponibiliza. No entanto, não há consenso sobre onde se situa o limite do espaço, com alguns especialistas a defenderem que é nos 80 quilómetros de altitude.