A missão espacial Tianwen-1, lançada em julho de 2020, é composta por uma sonda (com o mesmo nome da missão) que está na órbita de Marte e uma outra que foi enviada para a superfície do ‘planeta vermelho’. Até maio de 2022, ambos os aparelhos estiveram a operar como esperado e a enviar informação de forma regular. No entanto, o veículo Zhurong (o que explora a superfície de Marte) foi colocado em hibernação nesse mês, por forma a diminuir o impacto do inverno marciano no rover. A reativação estava prevista para dezembro, mas o aparelho ainda não ligou de volta, noticia o South China Morning Post. Por outro lado, também a sonda em órbita tem passado por dificuldades de comunicação com a Terra.
A hibernação do rover estava planeada, para ajudar a preservar os instrumentos contra as condições atmosféricas adversas, baixas temperaturas e tempestades de areia, tendo sido inclusive colocado com os painéis solares ajustados num ângulo específico que permitisse a reativação em dezembro. No entanto, a publicação chinesa avança que a sonda falhou em responder às várias tentativas de ‘chamada’ que partiram da Terra desde então.
Duas fontes, que preferiram manter o anonimato, contam que o “mais provável é que uma tempestade de areia tenha enfraquecido significativamente a capacidade de o Zhurgon usar os painéis solares para gerar energia”, cita a publicação Space.com.
A Tianwen-1, a sonda que está em órbita, também está em ‘silêncio’. Este aparelho, que serve de transmissor de comunicações para o Zhurong, tem sido usado para conduzir outras análises e mapear Marte, mas a equipa de investigadores tem tido igualmente dificuldade em aceder aos dados do equipamento.
A agência espacial chinesa não adianta qualquer comentário sobre este tema.