A startup Seedsight está a desenvolver uma tecnologia que tem a capacidade de validar informações de caracterização de cereais através de análises biomoleculares. A empresa garante ser possível a monitorização de carregamentos inteiros de cereais através da combinação das tecnologias de blockchain (bases de dados de registos imutáveis), técnicas de aprendizagem aprofundada e sensores óticos. Assim e com mais rigor, é possível a identificação das melhores espécies, origens e fornecedores de sementes e grãos, a preços mais competitivos.
Com esta tecnologia, a startup pretende que a indústria agroalimentar melhore o processo de decisão na aquisição de matérias-primas de produtos alimentares, contribuindo para um menor desperdício alimentar. As previsões da Seedsight é que seja possível reduzir até 8% os custos relacionados com a triagem do melhor cereal, até 89% na redução do tempo de aquisição dos melhores grãos e cerca de 20% de aumento da produtividade na transformação de cereais em produtos finais.
“Nas últimas décadas, os custos associados às matérias primas alimentares, como trigo, milho, arroz, aveia e quinoa, aumentaram entre 18 e 20%. Este aumento deve-se, principalmente, aos desafios em fases iniciais da cadeia de valor, como a ineficiência dos processos de seleção dos grãos, que são demorados e dispendiosos”, afirmou a empresa em comunicado.
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A Seedsight foi recentemente selecionada, como uma das 100 startups europeias em destaque pela Techstars Deep Tech Berlim (aceleradora de startups alemã). O diretor executivo (CEO) da aceleradora, Martin Schilling, afirma que, “a Seedsight tem como objetivo aumentar a qualidade das sementes e dos grãos, alcançando uma melhoria até 10 vezes superior. Este processo é vital para a segurança alimentar a nível mundial”.
A equipa da Seedsight é constituída por Joana S. Paiva (diretora executiva), Gonçalo Ramos (diretor de comunicação) e Paulo Santos.