Dragonyhm é o mais recente título a ser criado para o Game Boy Color, desenvolvido com a GB Studio, uma ferramenta de ‘drag and drop’ que facilita o processo de criação. O jogo é do estilo de ação com narrativa (RPG) e pretende elevar a fasquia no setor, convidando os utilizadores a passarem mais tempo com a ‘velhinha’ consola nas mãos.
Chris Beach era agente imobiliário quando surgiu a pandemia e os confinamentos deram-lhe a oportunidade de que precisava para realizar o sonho de desenvolver um RPG para o Game Boy Color. Dragonborne foi o primeiro título a sair, com a chancela da nova empresa de Beach, Spacebot Interactived e que foi adaptado em Dragonborne DX para Game Boy Color. Com as novas funcionalidades da GB Studio, o trabalho de personalizar o jogo acabou por demorar mais do que se previa, mas por bons motivos.
“Começou por ser uma versão colorida do Dragonborne original. Pensei que seria um trabalho rápido, dar-lhe cor e relançar [o jogo]. Mas com as novas ferramentas da GB Studio, caímos na toca do coelho, e acabamos por melhorar praticamente tudo no jogo”, conta Beach ao Engadget. E é assim que surge Dragonhym, um título com gráficos melhores, som reimaginado, mecânica diferente e mais níveis.
Os criadores têm planos para pelo menos mais cinco jogos, que devem chegar a diferentes consolas, não só ao Game Boy. O trabalho de criação aqui foi detalhado ao ponto de se pensar facilmente que este jogo é um título oficial lançado na era do Game Boy. Outro aspeto positivo é que o jogo parece ser satisfatoriamente longo: “Julgo que o Link’s Awakening tinha cerca de 15 horas e Dragonhym está a esse nível, provavelmente um pouco mais”, conta Beach, que criou também um segundo modo de jogo, com mais tempo, depois de a história principal ser finalizada.
Além de Dragonhym, que vai ser lançado no decorrer de 2024, recentemente foram anunciados e lançados outros jogos para a consola portátil que já tem mais de duas décadas de existência: Kudzu, outro RPG com mecânica semelhante, e Far After, um jogo de plataformas e aventura. O lançamento de novos jogos para um sistema antigo justifica-se, por um lado, pelo crescimento de utilizadores ligados ao movimento do retro gaming (consolas antigas), mas também ao lançamento de novos sistemas de jogo que são compatíveis com jogos de antigamente, o que traz novas oportunidades comerciais para os criadores de jogos.