Peso, resistência, durabilidade, são estes os principais requisitos a que devem obedecer os materiais usados na área da defesa. E a Agência Europeia da Defesa está focada no desenvolvimento de novos materiais, de alta qualidade e com propriedades “excecionais”, descreve o diretor da área de materiais e estruturas compósitas do INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, Nuno Correia. “A utilização de materiais inovadores e tecnologias avançadas é, por isso, uma linha de investigação importante para a política comum de segurança e defesa”.
De 7 a 9 de março, o instituto situado no campus da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, recebe a reunião do braço de investigação e desenvolvimento da agência, que está dedicada a estudar e definir tecnologias no campo dos materiais e estruturas que vão marcar o futuro na Europa, descreve o comunicado de imprensa do INEGI, o representante de Portugal no grupo intitulado CAPTECH (Capability Technology Areas for Materials and Structures).
Na reunião participam especialistas governamentais, não-governamentais, e representantes de estados-membros da UE, numa discussão sobre os vários projetos em curso. Também acontecerá um workshop dedicado ao tema dos materiais de alta temperatura e principais aplicações na defesa, como é o caso das aeronaves. Procuram-se novos materiais, híbridos e inteligentes, processos de fabrico avançados que possam ser aplicados em aeronaves, fardamento ou equipamento de proteção individual que possam vir a ser enquadrados na política de defesa da União Europeia que agrega na Agência 26 estados-membro (só a Dinamarca não faz parte).