O Senado dos EUA votou favoravelmente (64 contra 32) um pacote de leis criado para fomentar a produção doméstica de semicondutores. À luz desta legislação, estão previstos subsídios governamentais de 52 mil milhões de dólares, bem como créditos fiscais para fábricas avaliados em 24 mil milhões de dólares. O processo de aprovação final deve ficar concluído ainda esta semana.
O presidente Joe Biden e alguns outros intervenientes posicionaram o tema como sendo de interesse da segurança nacional e consideram essencial os EUA aumentarem a produção, reduzindo a dependência da China, para conseguir equipar bens e equipamentos militares. “Estes chips mantêm a nossa economia forte e o nosso país seguro”, descreveu Gina Raimondo, secretária do Comércio dos EUA, citada pela Reuters.
A produção interna visa dotar vários setores com semicondutores, nomeadamente os fabricantes automóveis, bens de eletrónica de consumo, equipamento médico e armas tecnologicamente avançadas com chips produzidos em instalações dentro dos EUA. A Semiconductor Industry Association congratulou-se com a decisão, afirmando que este é “um passo vital para aprovação de legislação que irá reforçar a produção americana de chips, inovação, crescimento económico e criação de emprego, bem como a segurança nacional”.
Já os críticos, como Bernie Sanders, apelidam a medida de “cheque em branco” para empresas de chips altamente lucrativas.