É bem possível que se tivessem sido contratados os serviços da Spotlite, os trágicos incêndios de 2017 não tivessem ocorrido – pelo menos com aquelas proporções. A start-up de Coimbra usa dados de satélite para monitorizar riscos na rodovia, em linhas férreas, minas, sendo que um dos parâmetros analisados é precisamente o crescimento, perigoso, das árvores. Ora, dois relatórios apontam para a queda de uma árvore e o contacto entre a copa e as linhas elétricas como uma das origens dos fogos que há cinco anos deixaram o país em estado de choque.
Graças ao Programa de Observação da Terra da Comissão Europeia, os dados são recolhidos e enviados para a Terra pelos satélites Sentinel, 1 e 2. Chegam sob a forma de imagens de radar e óticas e estão ali, disponíveis e gratuitos, à espera de que a imaginação e o engenho os transformem em algo de útil e proveitoso para a vida neste planeta.